A projeção de instituições financeiras para a inflação em 2013 caiu pela quarta vez seguida. A nova estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 5,70%, ante 5,81% da previsão anterior. Para 2014, a expectativa é que a inflação seja maior, a projeção de 5,92% para o ano que vem tem se mantido durante as duas últimas semanas. Essas estimativas são do boletim Focus, uma publicação semanal do Banco Central (BC), feita com base em pesquisa sobre os principais indicadores financeiros.
O IPCA é utilizado pelo Banco Central como medidor oficial da inflação do país. O índice serve de referência para o governo verificar se a meta estabelecida para a inflação está sendo cumprida. Na última sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA em 12 meses encerrados em novembro ficou em 5,77%.
O BC tem de fazer com que o IPCA fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Esta meta tem como centro 4,5% e margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, por consequência, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic.
Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda, gerando reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Neste ano, o Copom elevou a Selic seis vezes seguidas, e 2013 será encerrado com a taxa em 10% ao ano.
A previsão dos analistas é que a Selic volte a subir em 2014, com continuidade do ajuste já em janeiro. A expectativa é que a taxa suba 0,25 ponto percentual na primeira reunião do próximo ano. Ao todo, a previsão é alta de 0,5 ponto percentual, com a Selic encerrando 2014 em 10,5% ao ano.
A pesquisa do BC também traz estimativa para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que foi ajustada de 3,97% para 3,86%, para 2013, e de 5,40% para 5,39%, para 2014.
A projeção para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi alterada de 5,41% para 5,32%, para este ano, e mantida em 6%, para 2014. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a projeção foi mantida em 5,41%, para 2013, e alterada de 5,98% para 6% no próximo ano.